O Instituto de Economia (IE) da UFRJ realizou nos últimos dois dias o Seminário de Empreendedorismo em Biotecnologia, no campus Praia Vermelha da Universidade. O evento foi iniciado na segunda-feira, 9 de novembro, pela manhã, quando representantes de dentro e fora da UFRJ mapearam a história e a situação da biotecnologia no Brasil. Ontem, o seminário contou com a participação de Ricardo Pereira, coordenador da Agência UFRJ de Inovação, que falou sobre o empreendedorismo dentro da Universidade.
Discussões sobre empreendedorismo e inovação já haviam sido realizadas no evento, na parte da tarde do primeiro dia. O assunto foi abordado na palestra de Renala Lá Rovere, professora do Instituto de Economia e integrante da Comissão de Assessoramento da Agência. Ricardo Pereira, no entanto, destacou a aplicação desse conceito dentro da Academia.
Ele lembrou de quando participou de um seminário realizado na Inglaterra, que tentava responder à questão: “é possível ensinar empreendedorismo com sucesso nas universidades”? O coordenador recorreu ao famoso bordão de Barack Obama para responder: “Yes, we can!”. De fato, trata-se de uma característica pessoal, mas a Universidade pode, sim, estimular essa atividade empreendedora em alunos e pesquisadores.
Antes da criação da Agência de Inovação, a UFRJ já demonstrava sua vocação empreendedora. O Pólo de Biotecnologia do Rio de Janeiro, instalado na Cidade Universitária em 1988, é um dos exemplos pioneiros. Ricardo Pereira também destacou a Incubadora da Coppe e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) como exemplos de sucesso de empreendedorismo praticado dentro da Universidade.
Biotecnologia
Os participantes do seminário, na maioria alunos de Economia e Administração de Empresas, ainda tiveram a oportunidade de ouvir a empresária Adriana Moura, representando a Symbiosis, empresa que presta consultoria na área de biotecnologia. Para ela, a área de biotecnologia é promissor, mas tem características que devem estar claras para quem quer investir na área. “É um mercado relativamente novo, caracterizado por projetos longos, riscos altos e custos caros”, definiu.
De acordo com Moura, é preciso estar atento aos critérios do mercado, que aplicações o produto pode ter e, principalmente, como ele pode ser adotado pelo consumidor. A visão empreendedora, para Moura e também para a maioria dos presentes ontem, é um dos fatores de sucesso, principalmente em um mercado com tantas especificidades como o de biotecnologia.
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