No começo de julho, o Rio de Janeiro convidou professores e pesquisadores do outro lado do mundo para conversar sobre propriedade intelectual. Foi o Encontro Brasil-Ásia sobre Políticas Institucionais de Propriedade Intelectual para Universidades, promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi). No evento, que ocorreu nos dias 1 e 2 de julho, estavam reunidos representantes de 30 universidades brasileiras, além de cinco instituições asiáticas, num esforço de, juntos, vencerem alguns desafios comuns a todos os países envolvidos.
O exemplo da China é destaque no que diz respeito às barreiras encontradas durante a transferência entre Academia e mercado. De acordo com o portal do INPI, as universidades chinesas somam 41 mil pedidos de patentes e têm boa relação com o setor industrial, o que não é suficiente para garantir um equilíbrio entre ensino, pesquisa e comercialização. De acordo com Ming Yang, representante do Instituto Internacional de Propriedade Industrial da Escola de Direito da Universidade de Beijing, na China, existem no país grupos que priorizam os dois primeiros campos, deixando de lado o estímulo à comercialização da tecnologia produzida pelos pesquisadores.Além da China, participantes de outros países asiáticos, como a Malásia, o Vietnã, as Filipinas e o Japão relataram suas experiências com a implantação de políticas institucionais em suas universidades e com a transferência de resultados de suas pesquisas para empresas de portes diversos.
O coordenador da Agência, Ricardo Pereira, que compareceu ao encontro, classificou as apresentações estrangeiras como bastante proveitosas e ressaltou o avanço demonstrado por vários NIT’s brasileiros, que têm buscado, na capacitação e na criatividade, soluções para a superação dos entraves que ainda se apresentam em relação, principalmente, à transferência de tecnologia da universidade para as empresas nacionais.
Já o presidente do INPI, Jorge Ávila, aposta na troca de experiências entre brasileiros e asiáticos. Durante o evento, ele chegou a sugerir a criação de uma rede para ampliar o contato entre universidades e empresas dos países envolvidos. Na mesma linha, a diretora adjunta do Escritório de Assistência Técnica e Capacitação para América Latina e Caribe da Ompi, Beatriz Amorim-Borher, revelou que a entidade está disposta a realizar outros eventos interregionais para estimular a capacitação de profissionais e o intercâmbio entre instituições de ensino e corporações.
*com informações do portal do INPI
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